Cipó Muyraquitã Artesania Natural

Cipó Muyraquitã Artesania Natural

"COLECIONADORA DE FOLHAS SECAS, CAÍDAS DAS ÁRVORES, COLHIDAS NO CHÃO DOS PASSEIOS DE MINHA INFÂNCIA COM MINHA AVÓ. AVÓ QUE CRIAVA BROCHES LINDOS FEITOS DE CIPÓ. MADEIRA NATURAL... CHAMAVA-SE!!!"

CIPÓ MEU TALISMÃ, HERANÇA DE MINHA AVÓ QUERIDA...

MUYRAQUITÃ – TALISMÃ EM TUPI GUARANI.

NASCEU ENTÃO A CIPÓ MUYRAQUITÃ – ARTESANIA NATURAL.



terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Palmeira do Buriti

Palmiers Appelés Boriti, Dessinés Au Quilombo, District de Chapada,1827
Aquarela de Adrien Taunay, pintor frances que viveu parte de sua vida em Vila Bela de Mato Grosso - MT.

Venho hoje trazer um pouco da história e
utilidades da Palmeira de Buriti, fibra da qual,
utilizo em minhas peças e que muito as enriquece.

"Os buritis e as veredas do Brasil central, imortalizados na obra literária de Guimarães Rosa, de onde tantas e tão verdadeiras expressões, são parte indissociável dos chapadões recobertos pelos domínios dos cerrados. Por onde passa um rio, riacho ou ribeirão, em suas margens, em meio aos campos tropicais do cerrado e nos, assim chamados, "lavrados" dos campos de Boa Vista em Roraima - enclaves de vegetação semelhante à do Brasil central em meio à floresta tropical - florescem as matas de galeria e, nelas, os buritis. Um pouco além da mata, ladeando-as, as veredas bem marcadas de areias claras e vegetação mais rasteira. Na relva densa e rica das veredas, circundadas em geral por campos limpos, destaca-se majestosamente o buriti: palmeira de estipe elegante e ereto, encimado por folhas enormes e brilhantes. Terrenos de várzea e brejos, de solo fofo e úmido, recobertos por extensos buritizais escondem, por entre seus meandros, as águas correntes. Por onde passam, são as águas que carregam e espalham as sementes da palmeira buriti.
Do buriti - "verde que afina e esveste, belimbeleza", como diz o Riobaldo de Guimarães Rosa - já foi dito, e muitas vezes reafirmado, desde que aqui chegaram os primeiros europeus com seus viajantes e naturalistas, que se trata da mais bela palmeira existente. Mais do que isso, nas regiões onde ocorre, o buriti é a planta mais importante entre todas as outras, de onde o homem local, herdeiro da sabedoria dos indígenas nativos, aprendeu a retirar parte essencial de seu sustento. De sua polpa, por exemplo, a população regional extrai um óleo de cor vermelho-sangüínea utilizado contra queimaduras, de efeito aliviador e cicatrizante. Esse mesmo óleo é comestível, apresentando altos teores de vitamina A. Também comestível e, dizem, saboroso, é o palmito extraído do broto terminal da planta. O estipe do buriti fornece, por incisão, um líquido adocicado e agradável com o qual se mata a sede - "vinho de buriti".

Com as folhas crescidas - ou "palhas", como diz o homem regional -, com suas fibras e com seus brotos, pode-se fazer de tudo: "a caroça de vedar chuva, o tapiti de espremer massa de mandioca, o paneiro de empaiolar farinha, uma gradação de balaios... as esteiras, as mantas, as redes de dormir, as cordas, as urupemas, os abanos e chiconãs de carregar galinha..."
Fonte:. www.bibvirt.futuro.usp.br

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