Em 2005, foi instituído o Dia do Saci no Brasil,
comemorado no dia 31 de outubro,
a fim de restaurar as figuras do folclore brasileiro,
em contraposição a influências folclóricas estrangeiras,
como o Dia das Bruxas.
"Saci" é oriundo do termo tupi, sa'si.
"Matimpererê" é oriundo do termo tupi matintape're.
(Imagem autor desconhecido)
“O saci é um negro jovem de uma só perna,
portador de uma carapuça sobre a cabeça
que lhe concede poderes mágicos.
Considerado uma figura brincalhona, que se diverte com os animais e pessoas, fazendo pequenas travessuras que criam dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assovios – bastante agudos e impossíveis de serem localizados. Assim é que faz tranças nos cabelos dos animais, depois de deixá-los cansados com correrias; atrapalha o trabalho das cozinheiras, fazendo-as queimar as comidas, ou ainda, colocando sal nos recipientes de açúcar ou vice-versa; ou aos viajantes se perderem nas estradas.
O mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII
ou começo do XIX.
A função desta "divindade" era o controle, sabedoria, e manuseios de tudo que estava relacionado às plantas medicinais, como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chá, beberagens e outros medicamentos feitos a partir de plantas.
Como suas qualidades eram as da farmacopeia, também era atribuído, a ele, o domínio das matas onde guardava estas ervas sagradas, e costumava confundir as pessoas que não pediam a ele a autorização para a coleta destas ervas.
O primeiro escritor a se voltar para a figura do saci-pererê foi Monteiro Lobato, que realizou uma pesquisa entre os leitores do jornal O Estado de S. Paulo. Com o título de "Mitologia Brasílica – Inquérito sobre o Saci-Pererê", Lobato colheu respostas dos leitores do jornal que narravam as versões do mito, no ano de 1917.
O resultado foi a publicação, no ano seguinte, da obra O Saci-Pererê.
Mais tarde, em 1921, o autor voltaria a recorrer ao personagem, no livro O Saci, seu segundo trabalho dedicado à literatura infantil.
O quadrinhista Ziraldo criou em 1958 a série Turma do Pererê,
em que o Saci contracena com o índio Tininim,
a onça-pintada Galileu e outros personagens.
As histórias foram originalmente publicadas na revista O Cruzeiro.”
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